
Com a crescente sofisticação das ameaças cibernéticas, a segurança digital deixou de ser apenas uma preocupação operacional e passou a ocupar um lugar estratégico no planejamento das empresas. Este movimento acompanha a previsão de que os investimentos globais em segurança da informação alcançarão US$ 212 bilhões em 2025, segundo o Gartner, representando um crescimento de 15%. Essa tendência reflete a clara percepção de que proteger dados é essencial para a continuidade e o crescimento dos negócios.
No Brasil, os desafios se intensificam com o aumento dos golpes financeiros. Um relatório da ACI Worldwide, em parceria com a GlobalData, aponta que fraudes envolvendo o Pix podem gerar perdas anuais de até R$ 11 bilhões nos próximos três anos. Grande parte dessas fraudes está ligada a ataques de engenharia social, que exploram vulnerabilidades humanas, destacando que as ameaças não se restringem a invasões de sistemas, mas também incluem ações rápidas e eficazes que exigem respostas igualmente ágeis.
A celeridade no tempo de resposta a incidentes emerge como um fator crítico na mitigação de danos. Segundo o relatório Cost of a Data Breach 2024, da IBM, o custo médio global de uma violação de dados alcançou US$ 4,88 milhões, um aumento de 10% em relação ao ano anterior. No Brasil, o tempo médio para identificar e conter uma violação foi de 299 dias, enquanto empresas que resolveram incidentes em menos de 200 dias registraram custos significativamente menores. Isso reforça que o tempo de exposição é determinante: quanto mais prolongada a ameaça, maior o impacto financeiro, operacional e de reputação.
Os riscos se tornam ainda mais evidentes no setor industrial, onde, em 2024, houve um aumento de 9% no número de vulnerabilidades reportadas em sistemas. Dependência de tecnologias legadas e protocolos inadequados amplificam a exposição de empresas, conforme destaca a Cybersecurity and Infrastructure Security Agency (CISA). A ausência de uma resposta ágil agrava os prejuízos, deixando organizações vulneráveis a invasores cada vez mais rápidos e eficazes.
Dados do Relatório Global de Ameaças 2024, da CrowdStrike, revelam que o tempo médio de comprometimento do e-crime foi de apenas 62 minutos, com o ataque mais rápido registrado em 2 minutos e 7 segundos. Este cenário ressalta que as estratégias defensivas não podem depender apenas de barreiras estáticas, mas sim de mecanismos de resposta automatizados e equipes treinadas para agir com precisão.
Para enfrentar este desafio, as empresas devem investir em três pilares fundamentais: monitoramento contínuo, automação de respostas e capacitação de equipes. Ferramentas de inteligência artificial são essenciais para detectar padrões suspeitos e ativar respostas imediatas, enquanto processos bem definidos e treinamentos contínuos eliminam falhas operacionais e aumentam a eficácia na contenção de ameaças.
Mais do que um componente técnico, a rapidez na resposta a ataques cibernéticos define o impacto real de uma violação. Com custos associados a incidentes em escalada, a segurança digital deve ser vista como um investimento estratégico para negócios modernos. Afinal, a forma como uma empresa reage a um ataque é decisiva para proteger não apenas seus ativos financeiros, mas também a confiança de seus clientes e parceiros.
Caio Abade, Cybersecurity Executive na Betta Global Partner.
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